Embora não exista atualmente cura definitiva nem tratamento que reverta a deterioração iniciada pela doença, um acompanhamento rigoroso do tratamento adequado permite diminuir as fases ativas, retardar a evolução dos sintomas e manter uma boa qualidade de vida. Existem opções de tratamento farmacológicas e não farmacológicas.
Farmacológicas
Existem atualmente diversos medicamentos capazes de controlar os sintomas que aparecem durante os períodos ativos da Artrite Reumatóide e outros capazes de modificar o curso da doença.
Para controlar a dor e a inflamação, utilizam-se os chamados AINEs (anti-inflamatórios não esteróides). Entre estes, os preferidos são os de última geração, conhecidos como inibidores da COX-2, que, além de possuir ação analgésica rápida e eficaz, apresentam tolerabilidade gastrintestinal muito boa, o que ajuda a evitar as complicações que os AINEs tradicionais comumente provocam durante os tratamentos prolongados (gastrite, úlcera).
Em combinação com estes medicamentos, o reumatologista pode, conforme o caso, acrescentar algum dos medicamentos que atuam tentando modificar o curso da doença: os sais de ouro, o metotrexato, a hidrocloroquina, a sulfasalazina, a penicilina-D e os corticosteróides. Estes medicamentos devem ser muito bem controlados em razão dos seus efeitos adversos.
Não farmacológicas
Uma combinação equilibrada de repouso e exercícios adequados, além de alimentação saudável e fisioterapia, constitui o tripé sobre o qual repousa o tratamento não farmacológico da artrite reumatóide, que deve ser mantido por todo o curso da doença, tanto durante as fases ativas como durante os períodos
sem manifestações.
- Repouso: recomenda-se 8 horas diárias de sono, períodos de descanso entre as atividades para evitar o esgotamento e repouso absoluto exclusivamente durante as fases agudas da doença.
- Exercícios: um programa individualizado de exercícios leves que mantenham a flexibilidade articular evita a rigidez e ajuda a controlar o quadro inflamatório.
- Fisioterapia: o especialista define a necessidade de incluir técnicas fisioterápicas, como a aplicação de calor nas articulações afetadas ou a utilização, em fases avançadas da doença, de dispositivos mecânicos que alinham as articulações.
- Alimentação: recomenda-se dieta rica em verduras, frutas e laticínios, que assegure a incorporação de cálcio e vitaminas C, D e E. O sucesso do tratamento depende do diagnóstico precoce da doença e de um tratamento intensivo antes que haja deterioração funcional ou dano irreversível das articulações.